Talvez algum dia você tenha se perguntado porque aqueles jogadores de freestyle, que esbanjam habilidade com uma bola não estão jogando em equipes profissionais.
Ao mesmo tempo você pode ter visto jogadores que não têm uma qualidade técnica tão apurada mas figuram no elenco de grande time.
Particularmente já cansei de escutar a seguinte frase:
"Fulano joga muito mas nunca teve oportunidade num time profissional. No Futebol só entra quem é amigo do treinador (ou dirigente)".Acontece que muitas vezes, não adianta ter uma qualidade técnica muito grande se você sempre não sabe usá-la.
Por exemplo, Jogador A é extremamente técnico e habilidoso, por isso sempre opta pela jogada individual, mesmo quando seu adversário direto tem 1 ou até 2 coberturas.
Aí ele dá um lençol no 1º, uma caneta no 2º, mas o 3º acaba chegando na cobertura e acabando com a jogada.
Aí o Jogador B, que é limitado tecnicamente, se depara com a mesma situação. Como ele sabe que é limitado, toca a bola de lado e corre para o espaço vazio, acaba recebendo a bola de cara pro gol e dá outro toque tirando do goleiro.
Agora responda a pergunta:
Qual jogador mostrou mais habilidade com a bola?
Provavelmente você respondeu o Jogador A.
Agora responda outra pergunta:
Qual jogador fez a jogada mais efetiva?
Pois é, o Jogador B.O que diferenciou uma jogada da outra foi a tomada de decisão.
O Jogador A optou por uma jogada mais difícil, que exigia um nível técnico absurdo e, embora ele tivesse muito recurso, não foi suficiente pra furar a defesa sozinho.
O Jogador B escolheu a jogada mais simples e só com 2 toques na bola (não precisão de muita técnica pra isso), mas usou corretamente os Princípios de Jogo.
Por isso, as tomadas de decisão devem ser a prioridade para se formar os jogadores, e elas devem estar baseadas nos Princípios Táticos.
Por isso o método de treino analítico vem perdendo espaço para outras metodologias mais baseadas em conceitos táticos.
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Mas é preciso tomar cuidado com os extremos. Não devemos jamais desprezar o talento.
No fim, o Jogador A tem mais potencial de resolver situações complicadas do que o Jogador B, mas precisa aprender a simplificar o jogo e tomar melhores decisões.
E também não é pecado usar o método analítico em situações específicas. Cabe ao treinador ter a sensibilidade de escolher o método que mais se encaixa ao objetivo do treino.
Então por hoje é só amigo, espero que este artigo tenha sido útil.
Até a próxima, valeu!!!
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