terça-feira, 7 de agosto de 2018

A ESTRUTURA QUE USO A CADA TREINO


Algumas pessoas que seguem o Centro do Jogo no Instagram vêm me perguntando dicas sobre como estruturar um treino.


Não somente como criar exercícios, mas também como colocá-los numa sequência que potencialize as chances de se alcançar os objetivos propostos.


Particularmente, divido os treinos em 4 partes:




1. Uma Atividade de Aquecimento:


Obviamente por se tratar de um aquecimento, o objetivo principal é preparar o organismo dos praticantes ou atletas para as demais atividades.


Porém (a não ser que haja alguma circunstância especial), não dispenso o uso de bola e nem de oposição.


O ideal é que se procure atividades que, além de preparar o organismo para as exigências do jogo, se trabalhe algum detalhe específico do Modelo de Jogo.



2. Uma Atividade Reduzida:


Nessa segunda parte, os jogadores já devem estar aquecidos.


Aqui procuro avançar um pouco mais na complexidade do Modelo de Jogo.


Normalmente são atividades que utilizam uma meia quadra e as regras induzem a comportamentos que se quer abordar no jogo formal.


Por exemplo, se quero trabalhar o hábito de tocar e movimentar-se, por esse princípio ser essencial no Modelo de Jogo, utilizo regras que "obriguem" esse comportamento.


Tudo isso num curto espaço para que essa ação se repita o maio número de vezes possível.

3. Jogo Condicionado



Essa terceira parte já seria uma aplicação mais prática dos objetivos das atividades anteriores.


Aqui já se procura utilizar toda a quadra, com uma estrutura que induza o acontecimento de situações de jogo que possibilitem o uso do que foi treinado nos exercícios anteriores.


Seguindo o exemplo anterior: foi treinado o ato de "passar e deslocar" para que, numa situação real de jogo ocorresse uma situação de 3x2 dentro de um determinado setor.


Então no jogo condicionado, eu vou delimitar o setor no qual eu quero que aconteça o 3x2 e manipular as regras para que isso aconteça muitas vezes.


4. Coletivo


A quarta parte é o jogo coletivo (uma paixão nacional).


Se você trabalhar num local onde se preza muito mais o lazer e a qualidade de vida mais do o rendimento, acho essa parte indispensável.


Pode faltar tudo, menos o coletivo.


Já se você trabalha com rendimento, é opcional: se você gosta, faça. Se não gosta, não precisa fazer.


Isso porque, particularmente, acho que coletivo é um potencializador de hábitos.


Se os jogadores tiverem hábitos de jogo ruim, é provável que o coletivo estimule isso ainda mais.


Portanto só gosto de fazer coletivos quando a equipe já consegue jogar de uma forma organizada.


Um dia posso mudar de opinião...


Mas por hoje é só companheiro, espero que esse artigo tenha sido útil.


Até a próxima, valeu!!!



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