segunda-feira, 27 de agosto de 2018

BOLAS PARADAS: CADA VEZ MAIS IMPORTANTES NO FUTSAL



Estava vendo um estudo publicado por Variani (2018), que analisava a origem dos gols marcados na 2ª fase da Liga Nacional de Futsal 2017.



Segundo o estudo, a maior incidência foi de gols originados por bolas paradas (31%), seguido por contra-ataque (21%) e ataque posicional (19%).



Ou seja, no futsal brasileiro, as bolas paradas vêm se mostrando uma arma poderosa que pode decidir jogos.


No último capítulo do nosso E-book gratuito Organizando Uma Forma de Jogar, ensinamos um método pra se criar jogadas de bola parada.
Muitas vezes a presença das bolas paradas passa despercebida na hora de se criar um Modelo de Jogo.


Alguns autores já vêm defendendo a sua implementação como uma 5ª fase do jogo.


No entanto, particularmente, vejo as bolas paradas como um recurso a parte, que não oferece o grau de imprevisibilidade das outas 4 momentos do jogo.


Devido à sua importância, algumas coisas relativas às bolas paradas vem sendo alvo de discussão, entre elas o seu treinamento.


Tenho recebido algumas dúvidas quanto um conflito que alguns treinadores vem tendo no treinamento de bolas paradas.


De uns tempos pra cá, vem se condenando muito o uso de exercícios de treino analíticos.


Realmente, com a bola rolando, devemos considerar a imprevisibilidade do jogo e a metodologia analítica não é mais a melhor opção a muito tempo.



Para se trabalhar as organizações ofensiva e defensiva e as transições, prefiro o uso de jogos reduzidos e condicionados.


Mas como falei, a bola parada é um momento à parte das demais fases.


Não tem uma imprevisibilidade tão grande quanto os momentos com bola rolando, permitindo ações mais planejadas e analíticas.


Até hoje não ouvi falar de nenhuma metodologia que se mostre mais eficiente que a analítica para o treino desse elemento.


Também já tentei dinamizar o treino de bola parada envolvendo algum tipo de jogo.


Já fiz atividades que, embora tenham tido uma boa dinâmica, não se mostraram tão eficientes no aprendizado das jogadas.


Por outro lado, uma vez que a equipe já executa bem as jogadas de uma forma mais consolidada, a utilização de atividades mais dinâmicas cai bem, mas somente para o aperfeiçoamento.


Resumindo, devemos sempre tentar melhorar, descobrir novas metodologias e ficar antenado com o que há de mais moderno.


Mas não devemos ficar refém a um método específico.


O que deve ser feito é mirar o objetivo e usar o recurso metodológico mais eficaz para o seu cumprimento.


Enfim, por hoje é isso.


Espero que esse texto tenha clareado algumas ideias para você.


Até a próxima, valeu!!!

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